sexta-feira, 24 de abril de 2009

Reflexões

sabe... gostaria muito de saber em qual momento de nossas vidas deixamos de acreditarmos em nós mesmos????
em qual momento descobrimos que nem tudo é como desejamos que seja, que nem todos os contos de fadas são realmente tão belos e que nem sempre existe um final feliz! em que o papai noel deixa de ser um bom velhinho de barbas brancas e se torna nosso pai mesmo, ou o coelhinho deixa de ser um lindo animalzinho de olhos vermelhos e peito branquinho para se tornar algum humano que coloca os ovos de páscoa no ninho do nosso coelhinho...que alias, este ninho ja desapareceu... foi trocado apenas por sacolas de plástico com a estampa de algum supermercado da região.... o momento em que deixamos de nos preocupar apenas com nossa prova de física, de matemática, biologia... se o carinha da oitava série esta afim da menininha la da sexta, é um ciclo sem fim este... uma estrada sem volta, sem chance de reconstruir, mas podemos recomeçar... alias, este momento, que gostaria de descobrir qual é para congela-lo e não deixa-lo mais se perder por ai não passou, ele apenas se aprimorou... acontece que com o caminhar de nossas vidas deixamos o brilho da juventude se apagar, guardamos ele la no escurinho, e de pessoas altamente coloridas, com vestimentas alegres, olhares ousados, malicia no olhar, passamos para pessoas monocromáticas, cinzas, sem tonalidades, apagados, com olhares sérios e poucos sorrisos, trocamos nossa calça boca de sino, rasgada e tingida por ternos certinhos, engomados e apertados, trocamos a camiseta da nossa banda favorita surrada e desbotada, por camisas claras quentes e apertadas, trocamos o som alto do carro com músicas alegres, por documentários ou jornais sem graça, deveriamos perceber que nada mudou, apenas se transmutou para uma forma diferente... veja: não nos preocupamos mais com aquelas provas horriveis, mas sim com os relatórios a serem entregues, não obedecemos mais a nossa diretora mas sim ao nosso chefe, não vamos mais no shopping andar com as amigas inúmeras horas passeando e adorando o milk shake de baunilha com chocolate, mas sim contemplamos parques e adoramos o ar livre, não passamos mais noites em claro dançando e bebendo a toa, mas sim observando as estrelas, caminhando com alguém que amamos... não esperamos mais o gatinho do colegial nos convidar para o tão esperado baile de final de ano (o qual passamos bem uns 4 meses procurando o vestido ideal), mas sim aquele cara charmoso que encontramos no elevador nos convidar para um jantar, para dançar ou algo do tipo, nos preparamos tanto tempo para nossa vida adulta para deixar com que ela se transforme assim em algo tão sem graça, em horas forçadas fechadas em um trabalho que não gostamos, em um descanço dentro de nossas casas nos fins de semana, pare agora tudo que estas a fazer, olhe ao seu redor... é realmente isso que seu coração esta desejando nesse momento? é realmente isso que vc gostaria de estar fazendo? (claro que não, mas veja bem, as necessidades...) as necessidades que temos agora é de viver intensamente os tempos dourados em que caminhávamos sem pudor, sem preconceito, sem julgamentos ao proximo, sendo apenas nós mesmos, sendo o popular, o cdf, o esquisito, mas sem medo de sermos quem realmente somos, gostar do que realmente gostamos, desejar o que realmente desejamos sem tabus... uau, depois de tudo isso sei de uma coisa, que sou inconstante, que nada sei, que desejo milhões de coisas ao mesmo tempo que tenho inúmeros sonhos a serem realizados, e a única coisa que tenho absoluta certeza é que não quero daqui a alguns anos, olhar para tras e dizer -poxa, poderia ter feito mais, que perdi muito tempo sendo uma pessoa amarga e com medo da sociedade tão mesquinha quanto nós.....

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